Superando adversidades
Um dos casos mais conhecidos de entrelaçamento entre Educação Física e deficiência motora é o da técnica de ginástica Olímpica Georgette Vidor, que ficou paraplégica depois do acidente com o ônibus em que viajava a equipe de ginástica do Flamengo. O ônibus bateu em um caminhão quando levava os atletas para disputar o Campeonato Brasileiro em Curitiba. Sete pessoas morreram e a também ginas- ta Úrsula Galera Flores, que sofreu traumatismo craniano, não pôde mais competir. Seis anos depois, num exemplo de vida e de tenacidade, Georgete desfilava em pé durante o carnaval carioca de 2001, como referência ao poder da vontade, segundo regis- tro do jornal O Globo.
Certamente, Georgette Vidor não é a única brasile- ira que, já graduada em Educação Física, manteve- se na profissão depois de um acidente. O caminho inverso, contudo, também não é nada incomum, a exemplo da ginasta olímpica Ana Luiza Nonato de Faria, hoje com 27 anos. Deficiente visual, Ana Luiza nasceu com descolamento de retina, o que não a impediu de atualmente estar trabalhando com a mesma modalidade junto a deficientes visuais de vários graus – inclusive cegos. Graças a ela, que conhece bem as dificuldades do ginasta cego ou semi-cego, estes encontram menos dificuldade do que ela própria teve que superar.
O primeiro problema enfrentado por Ana Luiza foi a desinformação. Ainda criança, temendo por minha segurança, meus pais me tiraram da ginástica olímpi- ca que eu já fazia. Voltei a praticar por minha conta, aos 18 anos, e foi a ginástica olímpica que me motivou a cursar Educação Física, eu ainda não pensava em trabalhar com portadores de deficiência, relembra.
Ela precisou superar grandes dificuldades – passa- gem de uma barra para outra nas paralelas e os sal- tos na trave, sem falar em locais de treinamento com pouca claridade. Veio a praticar treinamento de alto nível na faculdade, mas foi durante o estágio, no Flamengo, que Ana Luiza percebeu que havia um trabalho a repassar e desenvolver. Graduou-se com uma monografia sobre a metodologia da ginástica Olímpica para crianças portadoras de baixa visão, e hoje atua com esse público na iniciação ao despor- to. Ao me verem trabalhando, alguns alunos de 5ª a 8ª do Instituto Benjamim Constant, no Rio, já falam em um dia graduarem-se em Educação Física. Eles viram que é possível, completa.
Hoje, Ana Luiza Nonato de Faria, trabalha no Setor de Educação Especial das Secretarias Municipais de Educação de Natal e São José de Mipibu/RN. Além da atividade profissional, Ana Luiza é atleta da Sociedade Amigos do Deficiente Físico do Rio Grande do Norte (SADEF-RN), e conquistou no último final de semana, a primeira colocação de salto a distância, durante a 2ª Etapa do Circuito Loterias Caixa. A disputa organizada pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), aconteceu no Parque do Ibirapuera em São Paulo.
Primeira no ranking nacional e terceira no mundo, Ana Luiza conseguiu a marca de 3,89m. A classificação mundial, no entanto, segundo explica a atleta, só vai ser validada após participação no Parapanamericano de Guadalajara, que acontece no México. Ela espera confirmação da prova nos jogos.
Primeira no ranking nacional e terceira no mundo, Ana Luiza conseguiu a marca de 3,89m. A classificação mundial, no entanto, segundo explica a atleta, só vai ser validada após participação no Parapanamericano de Guadalajara, que acontece no México. Ela espera confirmação da prova nos jogos.
VALEU ANA, ESSA MENINA É D MAIS!!!!
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