segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Adquirir conhecimentos das Neurociências é essencial aos professores que atuam nas escolas inclusivas, defende a psicopedagoga.

Entrevista: Maria Irene Maluf

Há mais de 30 anos atuante na área da Psicopedagogia, Maria Irene Maluf vive profundamente as questões que afligem famílias e escolas envolvendo as dificuldades de aprendizagem. Ao atender crianças e adolescentes em seu consultório em São Paulo e no contato com educadores de todo o Brasil, Irene tem percebido a importância de nossos professores conhecerem o funcionamento do cérebro. Ou seja: que saibam como nossos alunos aprendem e que possam tornar a aprendizagem mais eficiente. “A formação acadêmica do professor requer atenção urgente. A Lei nº 9.394/96, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, cita a necessidade de capacitar docentes do ensino regular para o atendimento escolar dos educandos com necessidades especiais, dentro de suas classes. Tal capacitação a nosso ver deve passar por uma reestruturação, já que, na prática, não são poucos os profissionais que após terminarem cursos deficitários se veem na contingência de atender crianças com perfis especiais de aprendizagem, tarefa para a qual não tiveram preparo suficiente”, defende a especialista em Psicopedagogia e Educação Especial, colunista da Direcional Educador desde 2006.
Irene percebe a ausência gritante de disciplinas relativas ao estudo do Sistema Nervoso Central, ao desenvolvimento do cérebro e sua funcionalidade, tanto em cursos de graduação em Pedagogia como em modalidades de especialização. “Não é admissível, em pleno século XXI, quando o mundo transpira um notável desenvolvimento das Neurociências, que esta esteja praticamente fora dos currículos da graduação e que isso aconteça também nos cursos de especialização que preparam nossos professores a trabalharem na escola inclusiva. Oras: com o que nossos alunos e professores aprendem, senão com seus cérebros?”, sustenta.
É possível aos professores evitar o fracasso escolar, utilizando o conhecimento adquirido através de neuroimagens e de pesquisas científicas, pondera Irene.
“A ciência, a neurociência e a neuroaprendizagem não são complementos disciplinares nos dias atuais. Junto a outros conhecimentos próprios da formação e da especialização, os professores têm necessidade de participarem do diálogo entre profissionais e a linguagem científica é o novo  idioma universal, comum a todos”, completa. Entre seus atendimentos psicopedagógicos, o trabalho como editora da revista Psicopedagogia da ABPp (Associação Brasileira de Psicopedagogia) e a coordenação em São Paulo dos  cursos de especialização em Neuroaprendizagem (parceria do Núcleo de Aperfeiçoamento Profissional e Estudos Avançados em Dificuldades de Aprendizagem, Psicopedagogia e Neuroaprendizagem e o Instituto Saber Cultura), Irene Maluf concedeu a seguinte entrevista à Direcional Educador.
CONFIRA A ENTREVISTA VISITANDO O SITE:

Nenhum comentário:

Postar um comentário