sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Curiosidades: 9 Doenças raras que afetam o mundo


Universia
19/12/2011

Você sabia? Existem vários tipos de doenças raras que afetam o mundo. Confira as 9 que são menos comuns ainda.

da Redação
São consideradas doenças raras aquelas que afetam um número limitado de indivíduos em relação à população em geral, menos de 1 em 2.000 pessoas. No entanto, a maioria destas doenças são ainda menos comuns, afetando 1 em cada 100.000 pessoas. Estima-se que hoje há entre 5.000 e 8.000 doenças raras diferentes, afetando entre 6% e 8% da população total. Confira 9 doenças raras:
#9 Doenças raras que afetam o mundo: Síndrome do X Frágil
Síndrome do X frágil
é uma desordem genética rara, ele ocorre devido a um defeito no cromossomo herdado X. É a causa mais comum de atraso mental hereditário e o segundo após a síndrome de Down. Clinicamente, o indivíduo apresenta-se com retardo mental de grau variável, tendo leves dificuldades de aprendizagem, desatenção, hiperatividade, ansiedade e humor instável como o comportamento dos autistas.

#9 Doenças raras que afetam o mundo: Síndrome de Moebius
Síndrome de Moebius
acontece quando dois grandes nervos cranianos não se desenvolvem totalmente. Esses nervos são capazes de controlar o movimento lateral dos olhos, e também as muitas expressões do rosto. A doença causa paralisia facial e falta de movimento dos olhos. A falta de expressão facial pode ser acompanhada por problemas na fala.
#9 Doenças raras que afetam o mundo: Esclerose Lateral Amiotrófica
Esclerose lateral amiotrófica (ELA)
é uma doença neurodegenerativa que causa a perda progressiva dos neurônios motores. A idade de início da doença varia bastante, mas o pico de incidência é entre 40 e 60 anos. Cerca de dois terços dos pacientes com esclerose lateral amiotrófica começam com fraqueza e perda de massa muscular dos membros.
#9 Doenças raras que afetam o mundo: Síndrome de Prader Willi
Síndrome de Prader Willi
é uma doença rara que acontece no desenvolvimento embrionário. Foi descrita pela primeira vez em 1887 por Langdon Down. É caracterizada por obesidade, hipotonia (diminuição muscular anormal), retardo mental e hipogenitalismo (desenvolvimento na área genital).
#9 Doenças raras que afetam o mundo: Schönlein-Henoch
Schönlein-Henoch Púrpura (HSP)
é uma doença caracterizada pela inflamação dos capilares, isto é, pequenos vasos sanguíneos. Ela geralmente afeta os vasos capilares da pele, intestino e rins. O sangue pode escapar dos vasos sanguíneos da pele produzindo uma mancha violeta meio avermelhado ou roxo escuro.
#9 Doenças raras que afetam o mundo: Hutchinson-Gilford Progeria
A síndrome de Hutchinson-Gilford Progeria é caracterizada por um envelhecimento extremamente prematuro depois do nascimento. As principais características clínicas e radiológicas incluem pele fina, ausência de gordura e rigidez articular. Inteligência não é afetada. A morte prematura é causada por arteriosclerose ou doença cerebrovascular.
#9 Doenças raras que afetam o mundo: Síndrome de Marfan
A síndrome de Marfan é uma doença hereditária do tecido conjuntivo que afeta principalmente o esqueleto, os pulmões, olhos, coração e vasos sanguíneos. É caracterizada pela altura acima da média. Pode ser acompanhada por miopia aguda e geralmente afeta as artérias e do coração.
#9 Doenças raras que afetam o mundo: Insensibilidade congênita à dor
Insensibilidade congênita à dor (CIP) é uma doença genética que afeta o sistema nervoso autônomo, que é o que controla a pressão arterial, freqüência cardíaca, sudorese, nervoso e sistema sensorial da capacidade de sentir dor e temperatura. Os pacientes que sofrem dessa síndrome rara, reagem de forma anormal quando recebem estímulos dolorosos. Como resultado, correm maior risco de lesão (trauma, fraturas, luxações, queimaduras ) e geralmente morrem mais cedo.
#9 Doenças raras que afetam o mundo: Síndrome de Gilles de la Tourette
A síndrome de Gilles de la Tourette, também chamado de "doença de tiques" é uma doença rara do sistema nervoso. Tourette é caracterizada por movimentos rápidos, consistentes, repetitivos e involuntários de um grupo de músculos esqueléticos relacionados funcionalmente. As pessoas que sofrem dessa doença são incapazes de realizar a produção não-intencional de ruídos como grunhidos, a aspiração de ar através do nariz, tosse e as palavras.

Meninos com alguns tipos de autismo têm o cérebro maior

O Brasileirinho
19/12/2011

Segundo uma recente pesquisa, meninos com certo tipo de autismo têm cérebros maiores do que outros meninos que não têm o transtorno do desenvolvimento.

Jackson Rubem
No maior estudo deste tipo, os cientistas descobriram que crianças com autismo regressivo – que incide sobre a fala e habilidades sociais – tinham um volume cerebral seis por cento maior do que os não autistas.
Esta descoberta se soma a uma crescente quantidade de evidências, sugerindo que a doença incurável poderia estar relacionada ao crescimento e desenvolvimento neurológico.
O autismo que afeta um em cada 100 pessoas inibe a capacidade de comunicar, reconhecer emoções e socializar, podendo assumir uma forma leve ou grave.
Uma equipe da Universidade da Califórnia usou ressonância magnética (RM) para avaliar os cérebros de 180 crianças, com idades entre 2-4.
Dessas as crianças, 61 tinham autismo regressivo, uma forma de autismo que se torna aparente quando uma criança está com idade entre 18 a 24 meses, e afeta habilidades de linguagem e social.
Entre as crianças restantes do estudo, 53 tinham autismo de início precoce e 66 não tinham autismo.

Em 2012, o baile da educação inclusiva continua


Rede SACI22/12/2011

Texto de Lúcio Carvalho

Comentário SACI: Lúcio Carvalho é Coordenador-geral da revista digital Inclusive - inclusão e cidadania (www.inclusive.org.br) e autor de Morphopolis (www.morphopolis.wordpress.com)
Lúcio Carvalho
Eu concordo com a questão de reconhecer as diferenças e entendo que esse é o princípio ético que tem servido de norte à educação inclusiva. É um princípio fundamental, que o Prof. Boaventura de Sousa Santos sintetizou perfeitamente há 10 anos aqui mesmo em Porto Alegre, no Fórum Social Mundial.
Entretanto, acho igualmente importante considerar que a educação – principalmente no caso da educação pública, onde a escola é muitas vezes o único espaço de desenvolvimento social das crianças (inclusive de alimentação, atenção psicológica, etc.) – tem por objetivo igualar e equiparar oportunidades. Então penso que o termo igualdade deve ser bem vindo à escola inclusiva, de alguma forma.
Às vezes tenho a impressão de que todo o discurso inclusivo está muito centrado na questão da ética da diferença, mas o trata sempre de forma particular e, embora seja muito relevante que cada um seja considerado em sua realidade, o objetivo da educação é um objetivo social, coletivo. Nesse aspecto, há muito a evoluir. Pelo menos, precisa-se de mais um ou de um novo passo, já que os de até agora só nos trouxeram até aqui.
De que vale fechar escolas e classes especiais e, todavia, manter alunos especiais, considerados sempre a parte, sem um projeto realmente coletivo, mútuo, de interferência e transformação? Além de mudá-los fisicamente de lugar, é preciso mudar a lógica de ocupação social, de hierarquias, de sentido, de coletividade. Alguns dirão que se trata de um processo. Que é preciso dar um passo e depois outro. Eu quero dizer que precisamos começar a caminhar e parar de mudar de lugar, porque isso pode dar a impressão de movimento, assim como o álcool, o LSD, mas a exclusão move-se rápido e já chegou à nova escola inclusiva também. Ela é camaleônica, é a própria cultura social que precisamos tirar para dançar, já que o baile continua.
Cada vez mais o que vemos é a educação inclusiva sendo tratada como um pacote de soluções, mas o que precisamos debater é se a educação inclusiva, enquanto projeto inovador, não deveria exatamente se diferenciar desse modelo empacotado, que não rompe com as estruturas sociais excludentes nem sequer as remodela ou problematiza.
No meu ponto de vista, isto está aquém inclusive das políticas de integração, em tese anteriores às políticas inclusivas. Prova disso é a crescente terceirização pedagógica da gestão pública educacional para ONGs, institutos e etc., principalmente em municípios. Sem falar de estados da federação, inclusive do mesmo partido do governo federal, que não têm sequer diretrizes nem políticas específicas para o seu âmbito de ação.
Já falei que meus dois filhos estudam na escola pública. O momento mais chocante que vivi nos últimos anos foi ter que responder, na entrevista de início de ano, se a merenda da escola (servida as 15 h) seria a primeira refeição do dia. É claro que nada comparável a ter de chegar às 15 h sem ter comido nada ainda.
Às vezes, quando vou buscá-lo na saída, vejo ele, sua deficiência estampada no rosto, um autêntico excluído no meio de tantos excluídos, alvos de um projeto educacional (seja federal, estadual ou municipal) que os capacitará para a subalternidade eterna, mas aptos a consumir também e, se isso significa inclusão, então deveríamos estar todos bem. Eu é que tenho mania de, como dizem os gaúchos, ficar vendo chifre em cavalo.
Por isso, em 2012, eu vou mudar de terminologias. Não quero mais incluir meu filho, que tem síndrome de Down. Não quero que ele seja dado como “aluno incluído”. Quero educá-lo excluído como ele é, como somos, ou como nos permitimos reconhecer. Mudar uma palavra por outra não mudará sua situação, nem a minha, nem a de ninguém. Devemos ter uma boa escola de excluídos, mas na qual eles sejam donos de sua própria voz, sujeitos da sua exclusão, dançarinos de outra dança, felizes e amigos porque igualados à maioria, no rés do chão, longe dos castelos onde ninguém é igual a ninguém.
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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

MUDANÇAS NA LEI

O NOVO DECRETO ASSINADO PELA PRESIDENTA REVÊ ALGUNS PONTOS RELACIONADOS ÀS INSTITUIÇÕES FILANTRÓPICAS E CONFECIONAIS, PERMITINDO A OFERTA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL EM ALGUNS CASOS.
CONFIRAM DANDO UM ENTER NO LINK!
DECRETO Nº 7.611, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2011

sábado, 3 de dezembro de 2011

03 de dezembro - Dia Internacional do deficiente Físico


Trabalho, educação, reabilitação e diversão estão garantidos na Constituição
No ano de 1982, a Assembleia Geral da ONU – Organização das Nações Unidas, criou um programa que visa atender as necessidades das pessoas com qualquer tipo de deficiência física, o Programa de Ação Mundial para Pessoas com Deficiência.
Dez anos depois, no dia 14 de outubro, a Assembleia instituiu o dia 03 de dezembro como o dia internacional do deficiente físico, para que pudessem conscientizar, comprometer e fazer com que programas de ação conseguissem modificar as circunstâncias de vida dos deficientes em todo o mundo.
Podemos considerar como deficiência física, quando alguma parte do organismo humano não apresenta um funcionamento perfeito, porém isso não pode ser considerado como diferença, pois existem várias pessoas com os mesmos tipos de limitações que as tornam normais dentro de suas possibilidades.
Com o passar dos anos, a deficiência passou a ser vista como uma necessidade especial, pois as pessoas precisam de tratamentos diferenciados e especiais para viver com dignidade. Sabemos que isso não acontece, pois o mundo não é adaptado para essas pessoas, que sofrem muito em seu dia a dia.
Construir rampinhas nas ruas é uma forma de mascarar o verdadeiro tratamento que os mesmos deveriam receber. Além destas, em nosso meio social deveria existir leitura em braile para atender os deficientes visuais; acesso aos ônibus e lugares públicos aos cadeirantes; que a população aprendesse a conversar na linguagem de libras, para atender os surdos/mudos; além de planos governamentais voltados para a saúde e reabilitação dessas pessoas, visando amenizar suas dificuldades bem como capacitá-las para a vida social, para o exercício da cidadania.
As escolas deveriam ter profissionais preparados para lidar com as limitações, assumindo maior compromisso com a formação dos professores, coordenadores e diretores, que muitas vezes não sabem como lidar com as necessidades especiais. É dever da escola promover conhecimento a fim de garantir o aprendizado de uma profissão, dando-lhes garantia e dignidade para o futuro.
Não adianta afirmar que a sociedade não está preparada. Passou da hora de arregaçarmos as mangas e tratar os portadores de necessidades especiais como pessoas normais, pois são normais embora tenham algumas limitações. Todas as pessoas são diferentes, assim como a cor dos olhos, dos cabelos, a raça, enfim, existem aquelas que apresentam as diferenças físicas, mas que são pessoas como outra qualquer.
Tratá-las com indiferença ou com desrespeito são formas de preconceito, previsto na Constituição do Brasil, assim como é direito desses estar incluídos na sociedade, pois são produtivos e capazes.
Podemos nos certificar das capacidades dos portadores de necessidades especiais nos jogos paraolímpicos, onde os mesmos atingem recordes e conquistam várias medalhas. Participam de várias modalidades esportivas, como atletismo, futebol, natação, basquete, dentre outras.
A sociedade já mudou muito nos últimos anos em relação às necessidades especiais, mas ainda temos muito que melhorar. Hoje em dia podemos ver essas pessoas trabalhando em empresas, como supermercados, lanchonetes, restaurantes, farmácias, escolas, pois a lei obriga que um percentual dos funcionários sejam portadores de necessidades especiais, como forma de garantir-lhes oportunidades no mercado de trabalho.
Dessa forma têm assegurado a integração social além de conviverem com valores de igualdade de oportunidades. Mas será que isso realmente acontece? Pensem nisso!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

ASAS OU HÉLICES? MOVIMENTO PELA EDUCAÇÃO NA ESCOLA





Educar uma pessoa em uma escola especial e depois querer inseri-la na sociedade compara-se ao fato de treinar um piloto de helicóptero e entregá-lo um avião para pilotar.
Tatiane Lima de Araújo

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Baixe o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência


 


Deficientes poderão ter desconto nas contas de energia

A Amazonas Energia já está recebendo os pedidos para a concessão de descontos nas contas de energia para quem mantém em casa pessoas doentes ou deficientes, na dependência do uso de aparelhos elétricos. A portaria assinada pelos ministros da Saúde, Alexandre Padilha, e Minas e Energia, Edson Lobão, concedendo o benefício do abatimento, está gerando expectativa por parte de famílias de pacientes que se encontram nessa situação. A concessionária explica que existem condicionantes para que o abatimento seja concedido.
Deficientes poderão ter desconto nas contas de energia
Apesar da falta de informação, muita gente já está disposta a requerer o benefício. Segundo o Ministério da Saúde, a medida é válida para todo País e já pode ser posta em prática. Basta requerer o benefício junto à concessionária. A novidade foi bem recebida por familiares de pessoas com deficiência ouvidos pela reportagem de A CRÍTICA. Muitos deles, sem condições de arcar com as despesas geradas pelo consumo de energia, vivendo apenas às custas de auxílios do Governo Federal.
A medida está voltada exatamente para as pessoas carentes. A aposentada Anita Maria de Oliveira, 73, diz que o beneficio ajudaria em muito a melhorar as condições de vida de sua única filha, Socorro de Oliveira, 35. Com Síndrome de Down, “Socorrinho” é surda/muda e mora com a mãe no terreno da casa da tia, Maria Lucila Ferreira Soares, 63, no conjunto 31 de Março, no Japiim 1.
“Assim que for possível, vou requerer o benefício e ver se consigo um abatimento na conta. Isso vai ajudar a comprar os medicamentos dela”, afirmou Maria Lucila. Apesar de não estar dependente de equipamentos elétricos, Lucila diz que a conta de luz da casa gira em torno de R$ 180 a R$ 200. No cômodo onde vivem “Socorrinho” e a mãe há apenas um aparelho de TV, uma geladeira e um ventilador. “Não ligo o ventilador todos os dias para diminuir o consumo”, disse ela, que gostaria de melhorar as condições de conforto da sobrinha, que tem dificuldade de locomoção, instalando um ar-condicionado no local.
A portaria prevê abatimentos que vão de 10% a 65% para beneficiários de programas sociais do Governo Federal. Por meio da sua assessoria de comunicação, a Amazonas Energia informou que a empresa ainda trabalha na definição de como se dará o processo de seleção dos beneficiários e os cálculos dos descontos. Por enquanto, ainda não estão sendo recebidos pedidos.
De acordo com a portaria, será beneficiada com a Tarifa Social de Energia Elétrica TSEE a unidade consumidora habitada por família inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com renda mensal de até três salários mínimos”. É necessário que haja entre os membros da casa alguém com doença ou com deficiência (física, motora, auditiva, visual, intelectual e múltipla). Ele precisa também estar sendo submetido a tratamento, procedimento médico ou terapêutico que requeira o uso de aparelhos, equipamentos ou instrumentos que demandem energia elétrica.

DIREITO À UMA PROFISSÃO

Questão de estímulo
Débora Araújo Seabra de Moura"Tenho síndrome de Down e não quero ser discriminada. Vim cursar o Magistério e vou até o fim." Assim Débora Araújo Seabra de Moura se apresentou aos colegas na EE Luís Antônio, em Natal. Apesar da atitude firme, enfrentou professores que a consideravam incapaz e colegas que abusavam de sua bondade. Débora escreveu uma carta para a diretora relatando o tratamento de que era vítima. Ao se formar, mandou convite para todos os antigos mestres. Os pais, a advogada Margarida e o psicanalista José Robério, comemoraram mais essa etapa de luta por espaços e estimulação que começou quando a filha nasceu. A equipe da Escola Doméstica - onde ela cursou parte do Ensino Fundamental - ofereceu classes para a jovem estagiar. "Queríamos ajudá-la... Que paternalismo! É ela quem nos ensina, e muito", diz a vice-diretora, Cristine Rosado. Débora, 25 anos, é professora auxiliar de uma turma com 27 crianças, de 3 e 4 anos. Trabalha como voluntária porque, se for registrada, perde o direito a pensão em caso de morte dos responsáveis (os pais lutam para mudar a lei). Débora faz o planejamento das aulas com a professora titular e, com uma orientadora pedagógica, em casa, pesquisa e traça metas individuais. Ela mantém um diário em que anota tudo o que acontece na escola. "Tenho um aluno agressivo. Se ele continuar assim, vai ficar sem amigos", escreveu no ano passado. Ela conversou com o menino e com os pais dele. No final do ano, o garoto havia mudado. "Fiquei emocionada quando ele me disse que eu era ótima professora."
Fonte: Revista Nova Escola: Inclusão Social e Profissional/ Educadores como você

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Os fundamentos das deficiências e síndromes


"Procurei saber sobre a paralisia
cerebral com os médicos que cuidam
do Matheus.  Logo percebi que isso
é algo essencial para mim
em classe."
Eleuza de Fátima Neiva, professora da
EE Pedro Fernandes da Silva Júnior,
em Ribeirão das Neves, MG, que
leciona para Matheus Alves, 8 anos.
Mais sobre inclusão


Você sabe o que é síndrome de Rett, síndrome de Williams ou surdo-cegueira? Para receber os alunos com necessidades educacionais especiais pela porta da frente, é preciso conhecer as características de cada síndrome ou deficiência.
O primeiro passo é entender as diferenças entre os dois termos. Deficiência é um desenvolvimento insuficiente, em termos globais ou específicos, ou um déficit intelectual, físico, visual, auditivo ou múltiplo (quando atinge duas ou mais dessas áreas). Síndrome é o nome que se dá a uma série de sinais e sintomas que, juntos, evidenciam uma condição particular. A síndrome de Down, por exemplo, engloba deficiência intelectual, baixo tônus muscular (hipotonia) e dificuldades na comunicação, além de outras características, que variam entre os atingidos por ela.

Se você leciona para alguém com diagnóstico que se encaixa nesse quadro, precisa saber que é possível ensiná-lo. "O professor deve se comprometer e acompanhar seu desenvolvimento", afirma Mônica Leone Garcia, assessora técnica da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo.
Conheça a seguir as definições e características das síndromes e deficiências mais frequentes na escola.

Deficiência física

- Definição: uma variedade de condições que afeta a mobilidade e a coordenação motora geral de membros ou da fala. Pode ser causada por lesões neurológicas, neuromusculares e ortopédicas, más-formações congênitas ou por condições adquiridas. Exemplos: amiotrofia espinhal (doença que causa fraqueza muscular), hidrocefalia (excesso do líquido que serve de proteção ao sistema nervoso central) e paralisia cerebral (desordem no sistema nervoso central), que exige dos professores cuidados específicos em sala de aula (leia mais a seguir).
Características: são comuns as dificuldades no grafismo em função do comprometimento motor. Às vezes, o aprendizado é mais lento, mas, exceto nos casos de alteração na motricidade oral, a linguagem é adquirida sem problemas. Muitos precisam de cadeira de rodas ou muletas para se locomover. Outros apenas de apoios especiais e material escolar adaptado, como apontadores, suportes para lápis etc.
Recomendações: a escola precisa ter elevadores ou rampas. Fique atento a cuidados do dia a dia, como a hora de ir ao banheiro. "Algum funcionário que tenha força deve acompanhar a criança", explica Marília Costa Dias, professora do Instituto Superior de
Educação Vera Cruz, na capital paulista. Nos casos de hidrocefalia, é preciso observar sintomas como vômitos e dores de cabeça, que podem indicar problemas com a válvula implantada na cabeça.
PARALISIA CEREBRAL
Definição: lesão no sistema nervoso central causada, na maioria das vezes, por uma falta de oxigênio no cérebro do bebê durante a gestação, ao nascer ou até dois anos após o parto. "Em 75% dos casos, a paralisia vem acompanhada de um dano intelectual", acrescenta Alice Rosa Ramos, superintendente técnica da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), em São Paulo.
Características: a principal é a espasticidade, um desequilíbrio na contenção muscular que causa tensão. Inclui dificuldades para caminhar, na coordenação motora, na força e no equilíbrio. Pode afetar a fala.
Recomendações: para contornar as restrições de coordenação motora, use canetas e lápis mais grossos - uma espuma em volta deles presa com um elástico costuma resolver. Utilize folhas avulsas, mais fáceis de manusear que os cadernos. Escreva com letras grandes e peça que o aluno se sente na frente. É importante que a carteira seja inclinada. Se ele não consegue falar e não utiliza uma prancha própria de comunicação alternativa, providencie uma para ele com desenhos ou fotos por meio dos quais se estabelece a comunicação. Ela pode ser feita com papel cartão ou cartolina, em que são colados figuras pequenas, do mesmo material, e fotos que representem pessoas e coisas significativas, como os pais, os colegas da classe, o time de futebol, o abecedário e palavras-chave, como "sim", "não", "fome", "sede", "entrar", "sair" etc. Para informar o que quer ou sente, o aluno aponta para as figuras e se comunica. Ele precisa de um cuidador para ir ao banheiro e, em alguns casos, para tomar lanche. 

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

"Minha Casa 2" vai beneficiar pessoas com deficiência, diz Dilma

Deficiente Online
21/11/2011

Presidente afirmou que casas do plano serão ‘adaptáveis’. ‘Viver Sem Limite’ vai atuar nas áreas de educação, saúde e inclusão social.

da Redação
A presidente Dilma Rousseff disse na manhã desta segunda-feira (21), durante seu programa de rádio “Café com a presidenta”, que o programa Minha Casa Minha Vida 2 também irá beneficiar as pessoas com deficiência.
Segundo Dilma, as casas serão adaptadas. “Todas as casas destinadas às famílias que ganham até R$ 1.600,00 serão adaptáveis. Todas elas terão portas mais largas e corredores e banheiros mais amplos para facilitar a locomoção das pessoas com deficiência”.
O Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência destinará R$ 7,6 bilhões, até 2014, em ações na área de educação, saúde, inclusão social e acessibilidade. Para a presidente, o plano garantirá direitos e vai oferecer estímulo à pessoa com deficiência.

“O Viver sem Limite é um plano de garantia dos direitos, de apoio e estímulo à pessoa com deficiência. Vamos investir R$ 7,6 bilhões até 2014 para melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência e reduzir os obstáculos que excluem ou limitam o seu convívio social. O Viver sem Limite é parte do compromisso do nosso governo de lutar contra toda espécie de desigualdade e a favor da oportunidade para todos”.
Compra de ônibus
Dilma entende que o plano vai colocar a criança com deficiência na escola e que o governo fará sua parte com a compra de equipamento necessário.
“Um objetivo importante do plano é criar as condições para que todas as crianças e adolescentes com deficiência estejam nas escolas. Muitas vezes, essas crianças estão fora das salas de aula porque não há transporte disponível. Então, nós vamos comprar 2.600 ônibus acessíveis. Também vamos equipar 17 mil escolas públicas, as APAEs e outras instituições de educação especial, com salas com recursos multifuncionais”.
Mercado de trabalho
A presidente explicou como pretende abrir as portas do mercado de trabalho aos deficientes.
“No Pronatec, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego, deixamos reservadas 150 mil vagas para capacitar as pessoas com deficiência. Outra coisa importante nesse plano é que os jovens que recebem o Benefício da Prestação Continuada (BPC) e forem contratados como aprendizes poderão continuar no programa por até dois anos. Assim, eles têm chances de aprender uma profissão sem perder a proteção do benefício. Outra novidade importante é o retorno imediato ao BPC em caso de perda de emprego”.
De acordo com Dilma, o governo também vai melhorar as condições de acesso a equipamentos que facilitem a vida das pessoas com deficiência.
“Criamos uma linha de crédito para a compra de equipamentos como cadeiras de rodas motorizadas, impressoras Braille e lupas eletrônicas. O governo também vai deixar de cobrar impostos sobre equipamentos de saúde e educação destinados a pessoas com deficiência. Outra ação importante é a criação de cinco centros tecnológicos para treinamento e uso de cães-guia. Nós vamos criar um centro em cada região do país”.

A SENSIBLIDADE ALCANÇA ÂMBITO OFICIAL



Dilma Rousseff laçou nesta quinta (17) programa voltado a um pedaço da sociedade que os governos costumam ignorar: as pessoas com deficiência física e intelectual.
Ao discursar, Dilma realçou uma cena que marcou o início da solenidade: a filha do deputado Romário carregando no colo a filha do senador Lindbergh Farias.
As duas meninas têm síndrome de Down. “Este é um momento em que vale a pena ser presidente,” disse Dilma, voz embargada
.
Ela não conteve o choro ao fazer menção às presenças. A seguir, disse: “Estamos aqui para celebrar a coragem de viver sem limites. É incrível a força que há nas pessoas para vencer desafios e superar limites”. “São brasileiros que podem realizar plenamente seus sonhos individuais, mas podem e devem ajudar a concretizar o nosso sonho coletivo”, afirmou.
A plateia ergueu-se para aplaudir a oradora. Enquanto Dilma se refazia em cena, entouou-se um mantra de campanha: “Olê, olê, olê, olááá, Dilma, Dilmaaaa…”
O novo programa prevê investimentos R$ 7,6 bilhões em distintas áreas –saúde e educação, por exemplo.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Delia Lerner fala sobre a leitura e a escrita em contexto de estudo

A pesquisadora argentina, Delia Lerner, trata das especificidades do ensino da escrita em contexto de estudo nas diversas disciplinas escolares. No campo da pesquisa, Delia comenta o trabalho que está desenvolvendo acerca da interdidátida, no qual analisa a leitura e a escrita como objetos de ensino e também como ferramentas de aprendizagem de conteúdos de outras áreas.

Inclusão promove a justiça

Para a educadora Maria Teresa Égler Mantoan, na escola inclusiva professores e alunos aprendem uma lição que a vida dificilmente ensina: respeitar as diferenças. Esse é o primeiro passo para construir uma sociedade mais justa

                             Foto: Kaka Bratke

MARIA TERESA EGLÉR MANTOAN 
"Estar junto é se aglomerar com pessoas que não conhecemos. Inclusão é estar com, é interagir com o outro".  
Uma das maiores defensoras da educação inclusiva no Brasil, Maria Teresa Mantoan é crítica convicta das chamadas escolas especiais. Ironicamente, ela iniciou sua carreira como professora de educação especial e, como muitos, não achava possível educar alunos com deficiência em uma turma regular. A educadora mudou de idéia em 1989, durante uma viagem a Portugal. Lá, viu pela primeira vez uma experiência em inclusão bem-sucedida. "Passei o dia com um grupo de crianças que tinha um enorme carinho por um colega sem braços nem pernas", conta. No fim da aula, a professora da turma perguntou se Maria Teresa preferia que os alunos cantassem ou dançassem para agradecer a visita. Ela escolheu a segunda opção. "Na hora percebi a mancada. Como aquele menino dançaria?" Para sua surpresa, um dos garotos pegou o colega no colo e os outros ajudaram a amarrá-lo ao seu corpo. "E ele, então, dançou para mim." Na volta ao Brasil, Maria Teresa que desde 1988 é professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas deixou de se concentrar nas deficiências para ser uma estudiosa das diferenças. Com seus alunos, fundou o Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diversidade. Para ela, uma sociedade justa e que dê oportunidade para todos, sem qualquer tipo de discriminação, começa na escola.
Mais sobre inclusão
O que é inclusão?
É a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós. A educação inclusiva acolhe todas as pessoas, sem exceção. É para o estudante com deficiência física, para os que têm comprometimento mental, para os superdotados, para todas as minorias e para a criança que é discriminada por qualquer outro motivo. Costumo dizer que estar junto é se aglomerar no cinema, no ônibus e até na sala de aula com pessoas que não conhecemos. Já inclusão é estar com, é interagir com o outro.

Que benefícios a inclusão traz a alunos e professores?
A escola tem que ser o reflexo da vida do lado de fora. O grande ganho, para todos, é viver a experiência da diferença. Se os estudantes não passam por isso na infância, mais tarde terão muita dificuldade de vencer os preconceitos. A inclusão possibilita aos que são discriminados pela deficiência, pela classe social ou pela cor que, por direito, ocupem o seu espaço na sociedade. Se isso não ocorrer, essas pessoas serão sempre dependentes e terão uma vida cidadã pela metade. Você não pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro, valorizando o que ele é e o que ele pode ser. Além disso, para nós, professores, o maior ganho está em garantir a todos o direito à educação.

O que faz uma escola ser inclusiva? Em primeiro lugar, um bom projeto pedagógico, que começa pela reflexão. Diferentemente do que muitos possam pensar, inclusão é mais do que ter rampas e banheiros adaptados. A equipe da escola inclusiva deve discutir o motivo de tanta repetência e indisciplina, de os professores não darem conta do recado e de os pais não participarem. Um bom projeto valoriza a cultura, a história e as experiências anteriores da turma. As práticas pedagógicas também precisam ser revistas. Como as atividades são selecionadas e planejadas para que todos aprendam? Atualmente, muitas escolas diversificam o programa, mas esperam que no fim das contas todos tenham os mesmos resultados. Os alunos precisam de liberdade para aprender do seu modo, de acordo com as suas condições. E isso vale para os estudantes com deficiência ou não.

Como está a inclusão no Brasil hoje? Estamos caminhando devagar. O maior problema é que as redes de ensino e as escolas não cumprem a lei. A nossa Constituição garante desde 1988 o acesso de todos ao Ensino Fundamental, sendo que alunos com necessidades especiais devem receber atendimento especializado preferencialmente na escola , que não substitui o ensino regular. Há outra questão, um movimento de resistência que tenta impedir a inclusão de caminhar: a força corporativa de instituições especializadas, principalmente em deficiência mental. Muita gente continua acreditando que o melhor é excluir, manter as crianças em escolas especiais, que dão ensino adaptado. Mas já avançamos. Hoje todo mundo sabe que elas têm o direito de ir para a escola regular. Estamos num processo de conscientização.

A escola precisa se adaptar para a inclusão? Além de fazer adaptações físicas, a escola precisa oferecer atendimento educacional especializado paralelamente às aulas regulares, de preferência no mesmo local. Assim, uma criança cega, por exemplo, assiste às aulas com os colegas que enxergam e, no contraturno, treina mobilidade, locomoção, uso da linguagem braile e de instrumentos como o soroban, para fazer contas. Tudo isso ajuda na sua integração dentro e fora da escola.

Como garantir atendimento especializado se a escola não oferece condições?
A escola pública que não recebe apoio pedagógico ou verba tem como opção fazer parcerias com entidades de educação especial, disponíveis na maioria das redes. Enquanto isso, a direção tem que continuar exigindo dos dirigentes o apoio previsto em lei. Na particular, o serviço especializado também pode vir por meio de parcerias e deve ser oferecido sem ônus para os pais.

Estudantes com deficiência mental severa podem estudar em uma classe regular? Sem dúvida. A inclusão não admite qualquer tipo de discriminação, e os mais excluídos sempre são os que têm deficiências graves. No Canadá, vi um garoto que ia de maca para a escola e, apesar do raciocínio comprometido, era respeitado pelos colegas, integrado à turma e participativo. Há casos, no entanto, em que a criança não consegue interagir porque está em surto e precisa ser tratada. Para que o professor saiba o momento adequado de encaminhá-la a um tratamento, é importante manter vínculos com os atendimentos clínico e especializado.

A avaliação de alunos com deficiência mental deve ser diferenciada? Não. Uma boa avaliação é aquela planejada para todos, em que o aluno aprende a analisar a sua produção de forma crítica e autônoma. Ele deve dizer o que aprendeu, o que acha interessante estudar e como o conhecimento adquirido modifica a sua vida. Avaliar estudantes emancipados é, por exemplo, pedir para que eles próprios inventem uma prova. Assim, mostram o quanto assimilaram um conteúdo. Aplicar testes com consulta também é muito mais produtivo do que cobrar decoreba. A função da avaliação não é medir se a criança chegou a um determinado ponto, mas se ela cresceu. Esse mérito vem do esforço pessoal para vencer as suas limitações, e não da comparação com os demais.

Um professor sem capacitação pode ensinar alunos com deficiência? Sim. O papel do professor é ser regente de classe, e não especialista em deficiência. Essa responsabilidade é da equipe de atendimento especializado. Não pode haver confusão. Uma criança surda, por exemplo, aprende com o especialista libras (língua brasileira de sinais) e leitura labial. Para ser alfabetizada em língua portuguesa para surdos, conhecida como L2, a criança é atendida por um professor de língua portuguesa capacitado para isso. A função do regente é trabalhar os conteúdos, mas as parcerias entre os profissionais são muito produtivas. Se na turma há uma criança surda e o professor regente vai dar uma aula sobre o Egito, o especialista mostra à criança com antecedência fotos, gravuras e vídeos sobre o assunto. O professor de L2 dá o significado de novos vocábulos, como pirâmide e faraó. Na hora da aula, o material de apoio visual, textos e leitura labial facilitam a compreensão do conteúdo.

Como ensinar cegos e surdos sem dominar o braile e a língua de sinais?
É até positivo que o professor de uma criança surda não saiba libras, porque ela tem que entender a língua portuguesa escrita. Ter noções de libras facilita a comunicação, mas não é essencial para a aula. No caso de ter um cego na turma, o professor não precisa dominar o braile, porque quem escreve é o aluno. Ele pode até aprender, se achar que precisa para corrigir textos, mas há a opção de pedir ajuda ao especialista. Só não acho necessário ensinar libras e braile na formação inicial do docente.

O professor pode se recusar a lecionar para turmas inclusivas?
Não, mesmo que a escola não ofereça estrutura. As redes de ensino não estão dando às escolas e aos professores o que é necessário para um bom trabalho. Muitos evitam reclamar por medo de perder o emprego ou de sofrer perseguição. Mas eles têm que recorrer à ajuda que está disponível, o sindicato, por exemplo, onde legalmente expõem como estão sendo prejudicados profissionalmente. Os pais e os líderes comunitários também podem promover um diálogo com as redes, fazendo pressão para o cumprimento da lei.

Há fiscalização para garantir que as escolas sejam inclusivas? O Ministério Público fiscaliza, geralmente com base em denúncias, para garantir o cumprimento da lei. O Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Especial, atualmente não tem como preocupação punir, mas levar as escolas a entender o seu papel e a lei e a agir para colocar tudo isso em prática.
Quer saber mais?
Bibliografia
Direitos das pessoas com deficiência: garantia de igualdade na diversidade, Eugênia Augusta Fávero, 342 págs., Ed. WVA, tel. (21) 2493-7610, 40 reais

Inclusão Escolar: O que é? Por quê? Como fazer?, Maria Teresa Eglér Mantoan, 96 págs., Ed. Moderna, tel. 0800-172002, 11 reais
FONTE:http://revistaescola.abril.com.br/inclusao/inclusao-no-brasil/maria-teresa-egler-mantoan-424431.shtml

::. PARA REFLETIR: "Um breve panorama do que já foi feito pela educação especial no Brasil e no mundo."

Os dados históricos a respeito da educação especial estão disponíveis apenas para os especialistas e estudiosos voltados para essa área. O que os profissionais constatam é que existe pouco material escrito a esse respeito. A comunidade, em geral, desconhece esses dados e, dessa forma, fica mais difícil para as famílias tomarem decisões conscientes, considerando seus direitos a respeito do processo de escolarização de seus filhos deficientes.
Conhecer a história da educação especial não se presta apenas para acumularmos conhecimentos, mas também para refletirmos e questionarmos, por exemplo, por que apesar de se ter, nas letras das leis, uma política de inclusão, a pessoa deficiente continua segregada. Além disso, um tema bastante discutido atualmente, será que a inclusão do aluno deficiente na escola regular lhe garantirá a integração?
Nossa história começa na Europa, por volta do ano de 1500, quando se iniciaram os primeiros movimentos para ensinar a pessoa deficiente. Antes disso, os deficientes ficavam nos asilos para que pudessem ser protegidos, pois não se acreditava que pudessem se desenvolver, em função da sua "anormalidade".
Naquela época, não foram criadas escolas para as pessoas deficientes. O que começou a ser feito foi que alguns educadores interessados se tornaram preceptores de algumas crianças deficientes, ou seja, eles eram os professores particulares delas. As crianças que receberam esse tipo de educação eram filhos de pessoas que tinham uma situação econômica boa.
Esse trabalho começou apenas com as crianças surdas. Apenas no início de 1700 as pessoas cegas também começaram a receber instrução. Já as crianças com problemas mentais continuaram sendo internadas junto com as crianças que não tinham condições econômicas para terem seus professores particulares.
Muito tempo se passou até que começaram a surgir as primeiras instituições especializadas. Foi na França, no ano de 1760, que foi criado o Instituto Nacional de Surdos-Mudos e, em 1784, foi criado o Instituto dos Jovens Cegos. Com a criação desses institutos, a educação dos surdos e dos cegos começou a progredir, pois pessoas interessadas começaram a estudar e se dedicar. No entanto, todo o processo foi lento, porque faltava apoio da sociedade.
Essas escolas ensinavam os surdos e os cegos a fazerem trabalhos manuais e a se comunicarem por gestos, no caso dos surdos, e serviram de modelo para a criação de muitas outras escolas em outros países. O sustento dos surdos e cegos era adquirido através da venda dos trabalhos manuais realizados dentro das instituições.
O aprendizado da leitura, da escrita, dos cálculos e das artes demorou muito para ser adotado pelos institutos. Um bom exemplo que caracteriza essa situação é a história da criação do sistema Braille, usado até hoje pelos cegos para poderem ler e escrever. Louis Braille, que era cego, conseguiu, aos seus 15 anos, o sistema de escrita e leitura baseado em pontos. Isso se deu no ano de 1824, mas seu método só foi reconhecido e oficializado em 1854.
As pessoas com deficiência física só começaram a receber educação em 1832, quando foi criado o primeiro instituto na Alemanha. Porém foi no ano de 1848, nos Estados Unidos, que o atendimento da pessoa com deficiência mental teve seu início oficial: eles passaram a receber treinamento para aprenderem comportamentos sociais básicos em institutos residenciais e, em 1896, começaram a receber atendimento fora dessas residências.
A partir desse período, houve um crescimento das instituições especializadas para o atendimento das pessoas deficientes, bem como houve a expansão para o atendimento de outros tipos de deficiências e outros distúrbios, especialmente nos Estados Unidos e no Canadá.
Foi somente a partir de 1900 que começaram a ser criadas as primeiras classes especiais, dentro das escolas regulares, em que as crianças podiam ser atendidas em caráter educacional. O crescimento dos serviços educacionais muito dependeu de movimentos organizados pelos pais dos deficientes, que desejavam lutar pelos direitos de seus filhos, já que até então não tinham o direito de opinar. Os movimentos de pais começaram a ganhar força por volta de 1950.

No Brasil
Assim como na Europa, as primeiras instituições brasileiras se voltaram para o atendimento das pessoas surdas e cegas. O primeiro instituto para cegos foi fundado no ano de 1854 e o primeiro instituto para surdos, em 1857, ambos no Rio de Janeiro, por meio de decreto imperial.
A partir desta data, foram criados no Brasil alguns institutos para o atendimento de pessoas deficientes, reproduzindo os modelos europeus. No início, esses institutos ofereciam abrigo e proteção no sistema de internato.
De 1905 a 1950, muitas das instituições que foram criadas para o atendimento das pessoas deficientes eram particulares, com acentuado caráter assistencialista. As iniciativas oficiais também aconteceram neste período, porém tanto as instituições particulares quanto as oficiais não foram suficientes para atender o número de pessoas deficientes existentes.
A educação especial no Brasil foi se ampliando lentamente e foram criados mais institutos particulares. Os serviços públicos eram prestados através das escolas regulares, que ofereciam classes especiais para o atendimento dos deficientes.
Em 1957, a educação do deficiente foi assumida em nível nacional, pelo governo federal. No ano de 1961, já estava vigorando a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Nessa lei foram escritos dois artigos (88 e 89) referentes à educação dos excepcionais, garantindo, desta forma, o direito à educação das pessoas deficientes. Pelo menos na letra da lei, dentro do sistema geral de ensino, objetivando a integração das pessoas deficientes na comunidade.
Outro ponto importante desta lei é que, no artigo 89, o governo se compromete em ajudar as organizações não-governamentais a prestarem serviços educacionais às pessoas deficientes. A Constituição do Brasil de 1967 também escreveu artigos assegurando aos deficientes o direito de receber educação para a integração na comunidade.
A lei de educação de 11 de agosto de 1971, para os ensinos de 1º e 2º graus, faz referência à educação especial em apenas um artigo (artigo 9), deixando claro que os conselhos estaduais de educação garantiriam aos deficientes o recebimento de tratamento especial nas escolas.
Nos anos 1960 e 1970, o governo acabou por transferir sua responsabilidade, no que se refere à educação dos deficientes para as ONGs, visto que foi crescente o número de instituições filantrópicas criadas, embora tenha sido no ano de 1973 que se deu a criação do Centro Nacional de Educação Especial (Cenesp), ligado ao Ministério de Educação e Cultura.
Constam na Constituição Brasileira de 1988, vários capítulos, artigos e incisos sobre educação, habilitação e reabilitação da pessoa deficiente, além da sua integração à vida comunitária.
Foi somente no ano de 1996 que foi organizada a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de modo que a nação pudesse ter uma lei que fosse condizente com a Constituição Brasileira. A nova LDB traz algumas inovações, não só para a educação em geral, como também para a educação especial. Para ela, foi dedicado um capítulo, com mensagem de inclusão escolar para alunos com necessidades educacionais especiais, além da ampliação de oportunidades, como, por exemplo, a legalização da educação infantil, incluindo a criança deficiente nessa etapa escolar.

A que isso nos leva?
Agora que o leitor conhece o processo evolutivo da educação especial, podemos propor algumas reflexões e questionamentos quanto aos dias de hoje:
- por que as ações voltadas para a educação especial foram e continuam sendo tão lentas?
- por que os serviços educacionais, de habilitação e reabilitação clínica continuam sendo criados, em maior número, pelas ações privadas e não governamentais?
- por que, apesar de termos, na letra da lei, uma política de inclusão, a pessoa deficiente continua segregada?
- se a educação é um direito de todos, por que faltam escolas para as pessoas deficientes?
- será a inclusão do aluno deficiente na escola regular que irá garantir a não segregação da pessoa deficiente?
Essas são algumas das questões que podemos fazer, além de muitas outras, para que possamos, seja na posição de profissionais da área ou de cidadãos, mudar o curso dessa história.

PARA CONFERIR ESSE ARTIGO E OUTROS TEMAS NA ÁREA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL ACESSE:
http://www.pedagobrasil.com.br/educacaoespecial/umbrevepanorama.htm

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Pacote vai beneficiar pessoas com deficiência


A presidente Dilma Rousseff anuncia hoje um pacote de investimentos de R$ 7,6 bilhões até 2014 com ações voltadas para pessoas com deficiência, com quatro eixos norteadores: educação, saúde, inclusão e acessibilidade. Segundo o Censo 2010, cerca de 24% da população brasileira possui pelo menos uma deficiência.
Entre as ações previstas estão a reserva de 5% das vagas do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) para pessoas com deficiência, a adequação arquitetônica de 42 mil escolas públicas e garantir veículos adaptados para 60 mil estudantes.
O governo pretende montar 45 centros de referência em reabilitação e, em parceria com institutos federais, abrir outros 5 para treinadores de cão-guia, um por cada região do País. O primeiro deverá funcionar em Balneário Camboriú (SC). Para cegos, também serão contratados professores e intérpretes de Libras.
Deverá ser anunciada ainda a implantação de 17 mil novas salas de recursos multifuncionais, que funcionam como espaços que oferecem material didático e equipamentos específicos para esse público.
 

Dicas para prevenir abuso sexual contra crianças e adultos com deficiência intelectual


A australiana Sam Paior, mãe de um garoto com síndome de Down e a Dra Freda Briggs, especialista reconhecida na prevenção ao abuso, listaram uma série de dicas para alertar às famílias com crianças pequenas ou pessoas com deficiência intelectual ou outros

Sam Paior e Dra. Freda Briggs/Trad. Patrícia Almeida
Acompanho as notícias com relação à síndrome de Down e tenho notado um aumento no número de casos de abuso sexual envolvendo homens, mulheres, jovens e crianças com Down. Quero crer que o número de histórias vem aumentando porque as pessoas estão denunciando mais do que no passado, já que certamente esse problema sempre existiu. Ao invés de continuarmos tratando o tema como tabu, devemos discutí-lo e trabalhar intensamente para evitar que nossas crianças, adolescentes e adultos se tornem vítimas. Além disso, devemos denunciar estas práticas pois, sem estatísticas, é como se elas não acontecessem. É nosso dever zelar pela segurança e pelos direitos de nossos filhos.
A australiana Sam Paior, mãe de um garoto com síndome de Down e a Dra Freda Briggs, especialista reconhecida na prevenção ao abuso, listaram uma série de dicas para alertar às famílias com crianças pequenas ou pessoas com deficiência intelectual ou outros tipos de deficiência ou vulnerabilidade com o objetivo de prevenir a ocorrência de abuso sexual.
Segundo Sam, é melhor confrontar a situação e admitir que esse problema poderá afetar muitos de nós do que esconder a cabeça na terra como um avestruz. Temos que reconhecer que este é um problema que poderá afetar muitos de nós.
Não arquive essas sugestões e deixem para ler depois. Leia agora, reflita sobre cada um dos conselhos. Estimativas mostram que até 90% de mulheres e meninas com deficiência inteletual será abusada sexualmente, e até 50% dos homens. Adicione a isso o fato de que os sites de pedófilos freqüentemente mencionam especificamente crianças com síndrome de Down como ótimos alvos por causa de sua “vontade de agradar”.
Precisamos estar atentos, e educar nossos filhos e a nós mesmos.
As informações que dizem respeito a figuras religiosas também são difíceis de ouvir, mas não as desconsidere. Apesar de que gostaríamos de pensar que alguém da igreja estivesse fazendo a coisa certa, a experiência mostra o contrário. Muitos destes delinquentes se escondem dentro da igreja para garantir sua autoridade e para que nós, os pais, tenhamos a confiança deles.
Dissemine essas informações ao maior número de pessoas possível.
Patricia Almeida
Dicas para prevenir abuso sexual contra crianças e adultos com deficiência intelectual
1. Comece cedo: Introduza vocabulário correto para vagina e pênis para que as crianças possam informar claramente se alguém tem algum mau comportamento sexual.
2. Com crianças em idade pré-escolar e aqueles com atraso de desenvolvimento, use o livro “Todo mundo tem bumbum” (Everyone’s got a bottom) disponível na internet.
3. Introduza o conceito de privacidade do corpo – ninguém pode fazer cócegas ou brincar com as partes íntimas do seu corpo – “É o meu corpo” (mas você pode tocá-lo quando estiver em um lugar privado). Explique, conforme necessário, que se tocar pode ser prazeiroso.
4. Para previnir que as pessoas sejam usadas para sexo oral, inclua a boca como uma parte íntima e deixe claro que ninguém tem permissão para colocar qualquer coisa “nojenta” e “fedorenta” ou qualquer parte do
corpo em sua boca (discuta higiene oral).
5. Deixe claro que se alguém quebra as regras sobre privacidade do corpo, a criança precisa avisar a você porque isso não é permitido. As crianças gostam de regras.
6. Ajude-os a discriminar onde podem tocar e onde é ERRADO. Você precisa ensinar como são os toques errados. Não fale sobre toques ruins porque os toques podem fazê-la sentir-se bem.
7. Ensine-os a dar um passo mantendo os braços estendidos à frente e dizendo (em voz bem alta) -”Não! Pare com isso! Isso não é permitido” e ficar longe de alguém que toca num lugar errado. Pratique dizer “Não” assertivamente.
8. Não ensine-os a dizer: ‘Eu vou contar “, porque isso pode resultar em ameaças.
9. Pratique distinguir segredos que devem ser mantidos e segredos que devem ser contados. Crianças e adultos com deficiência intelectual pensam que podem contar segredos bons, mas devem manter para si os segredos ruins porque eles fazem as pessoas ficarem tristes.
10. Ensine o funcionamento básico do corpo.
11. Como o abuso sexual tem a ver com poder, descubra como você pode empoderar seus filhos e filhas. Incentive-os a se vestirem, fazerem a higiene, irem ao banheiro e comerem com independência. (Sim, pode ser mais fácil e rápido fazer as coisas para eles, mas não ajuda a auto-estima)
12. Dê-lhes oportunidades de fazer escolhas.
13. Aprenda e pratique as normas de segurança com água, eletricidade, fogo, remédios, drogas, trânsito e pessoas. Identifique situações potencialmente inseguras. Ensine e pratique como obter ajuda quando necessário, como usar o telefone e escolher a quem recorrer com segurança, por exemplo procurar uma mulher com filhos num shopping, etc.
14. Desenvolva e pratique a resolução de problemas. “Qual seria a melhor coisa a fazer se …..”, “Vamos supor que …”, “Você consegue pensar em algo mais seguro?
15. Desenvolva habilidades que os faça ser capazes de fazer relatos precisos: crianças e pessoas com deficiência intelectual vítimas de abuso podem só sugerir alguma coisa, mas pensar que estão relatando. Se você não corresponder, elas podem sentir-se impotentes e sem esperança.
16. Desenvolva a auto-estima: Elogie o esforço – enfatize o que eles fazem bem e fale sobre o que eles gostariam de fazer.
17. Encoraje a expressão de sentimentos: o que o torna triste, feliz, assustado, preocupado.
18. Tenha em mente que, se eles não recebem afeto físico, aprovação e atenção, eles se tornam mais vulneráveis aos predadores.
19. Desenvolva suas habilidades sociais conforme necessário: manter o próprio espaço, contato olho no olho, saber o próprio nome, endereço e número de telefone.
20. Ensine sobre os seus direitos e pratique que sejam firmes, sem cometer agressões.
Desafios para os pais e cuidadores:
Crianças e jovens com deficiência podem:
1. Já ter aprendido a obedecer passivamente adultos, especialmente os cuidadores/professores/ profissionais.
2. Ter desenvolvido imagem do corpo ruim e conceitos como manter o próprio espaço.
3. Não ter nenhum conhecimento dos seus direitos.
4. Já ter sido abusados sexualmente ou ter adquirido conhecimento equivocado sobre sexualidade.
5. Ter poucas oportunidades para a independência.
6. Ter sentimentos de vergonha e baixa auto-estima que aumentam a vulnerabilidade aos abusadores.
7. Ter cuidadores / trabalhadores de apoio super-protetores que fazem de tudo para eles, impedindo-os de ter oportunidades para se afirmar e ganhar independência.
8. Crianças e pessoas com deficiências de desenvolvimento não necessariamente entendem o que é um estranho (ao passo que estranhos tentam conhecer bem suas vítimas) – refira-se a situações potencialmente perigosas ao invés de pessoas perigosas.
9. Jovens e crianças com deficiência de aprendizagem tendem a aprender respondendo bem à dramatização com bonecos, bem como treinar situações de forma prática. Eles precisam de constante repetição e reforço.
10. Pessoas com deficiência intelectual acham difícil transferir informações de uma situação para outras, por exemplo se a escola ensiná-los a ir para um lugar seguro em situações difíceis, eles podem entender que existam lugares seguros como a solução para todos os problemas potenciais, tais como estar no ônibus errado ou se perder em um show. Isso quer dizer que elas precisam praticar bastante em diferentes cenários.
11. A comunicação deve ser clara. Use frases curtas e simples. Evitar “ou isso ou aquilo” e frases que podem ser respondidas com sim / não. A informação deve ser quebrada em pequenos segmentos. Não dê dicas vagas. Crianças e pessoas com deficiência intelectual provavelmete não associarão “Está tudo bem?” ou “Ele te tocou?” com o abuso sexual.
12. Use imagens de toques inapropriados, especialmente para crianças surdas.
13. Com pessoas que não falam, consulte um fonoaudiólogo para usar vocabulário sobre sexualidade em forma de símbolos e fotos.
14. Aqueles com deficiência visual severa podem precisar de ajuda extra para desenvolver consciência corporal. Use bonecos com as partes íntimas anatomicamente corretas para uma sensação mais realista.
15. Crianças com deficiências físicas graves precisam de um foco sobre a independência em relação à higiene, confiança estima, auto-identificação e toques errados quando são ajudadas nos cuidados pessoais.
16. Proporcionar oportunidades de fazer escolhas as próprias escolhas.
17. As escolas sozinhas não podem previnir o abuso de acontecer, mas quando ele é identificado permitem que as vítimas obtenham ajuda rapidamente para parar o abuso e se sentirem bem consigo mesmas. O abuso de longa duração é o que causa o maior dano.
Criminosos sexuais
* Podem ser encontrados onde quer que haja pessoas vulneráveis.
* Adulam os adultos responsáveis pela segurança das crianças, bem como as próprias crianças.
* Escolhem como alvo mães solteiras, ganham sua confiança, fornecendo serviços gratuitos de que elas precisem e as tratam com respeito.
* Apresentam-se como cidadãos modelo criando uma rede de apoiadores para que, quando o abuso for revelado, ninguém acredite … mesmo depois de terem sido condenados
* Tornam-se muito populares entre os alvos em potencial, os sinais de alarme devem soar quando um adulto se envolve em jogo imaturo, no mesmo nível da criança. Páre as cócegas antes de entrar debaixo da roupa. Não ignore o seu sentimento de desconforto – intervenha e interrompa o contato mesmo se essa pessoa for popular com seu filho
* Respondem às necessidades emocionais das crianças proporcionando-lhes atenção, elogios, presentes, fazendo com que se sintam especiais e amadas. Os criminosos sabem que as crianças toleram o abuso para manter os benefícios da relação.
* Eles começam com carinhos, beijos e abraços. Depois introduzem a conversa sobre sexo, pornografia, (para dessensibilizar a criança e normalizar o abuso) acariciam as genitais de seu filho e depois praticam sexo oral – “Agora é minha vez, você já se divertiu”
* Aqueles que detém posições de autoridade podem não precisar usar métodos de adulação, alguns padres dizem ter usado filhos dos mais dedicados freqüentadores da igreja sabendo que, se o abuso fosse descoberto, os pais iriam procurar um bispo, não a polícia
Abuso de irmâos e de jovens menores é mais difundido e mais prejudicial do que a maioria das pessoas imaginam. Quando externado, deve ser levado a sério e aconselhamento deve ser procurado para todos os interessados, independentemente da idade do agressor.
Figuras paternas e namorados da mãe apresentam um risco maior para crianças do que pais naturais. Em alguns casos, eles escolhem a mãe para ter acesso a seus filhos.
A maioria dos infratores é do sexo masculino. A segunda característica é que eles são frequentemente religiosos / autoritários.
Sabemos muito menos sobre os infratoras do sexo feminino. Cerca de 20% dos homens dizem que foram abusados por mulheres, mas eles não consideraram como abuso, pois “não doeu”.
As mulheres podem ser tão agressivas e usar os mesmos métodos de adulação que os homens. Há menos vítimas, mas os efeitos à longo prazo podem ser tão prejudiciais quanto o abuso masculino.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

TRANSCRICAO DE CARTAS PARA O BRAILE NOS CORREIOS

por Instituto MID
Uma boa notícia para as pessoas com deficiência visual que gostam de escrever cartas.
Os Correios oferecem um serviço de transcrição de correspondências da escrita comum para o braile e vice e versa.
Os interessados, com ou sem deficiência visual, devem enviar as cartas para a Central Braile, que fará as conversões necessárias, garantindo o sigilo do conteúdo.
Após a transcrição, as correspondências serão enviadas para o destinatário final em qualquer cidade do Brasil, com o custo normal de postagem.
Mais uma iniciativa que garante a autonomia das pessoas com deficiência.
Informações nas agências dos Correios de sua cidade.

domingo, 6 de novembro de 2011

I Caminhada em promoção à Saúde auditiva e combate a surdez


Profª. Rosângela e seu esposo Dilnei, sempre juntos, na busca de um mundo melhor.
                                          Saída da Clínica OTOMED,  onde sou acompanhada.




                                                         O pessoal da trupe fazendo a festa.



                                                Fazendo aquele alongamento básico.






                                                 



Local de chegada: Parque das Dunas/Natal-RN.

            Renata secretaria da clínica OTOMED, sempre me arruma uma hora para eu ser atendida.
                                             Minha assistente social da OTOMED, Andréa.




                                                           Hora do descanço.
                                       Casal unido lutando por uma qualidade de vida melhor.

O próprio nome da caminhada já nos diz tudo. Acredito que se nos mobilizarmos, os resultados aconteçem, e lutar por um momento mais inclusivo é ser sujeito pró-ativo, participante e atuante e principalmente com o coração aberto e consciente que precisamos nos doar e nos mobilizar.
 Rosângela Mendonça Martins, Professora das Salas Multifuncionais dos Municipios de São José de Mipibu e Parnamirim.