quarta-feira, 13 de junho de 2012

O AEE COMO PROJETO DA ESCOLA

A ESCOLA



Em Salamanca, Espanha, entre 7 e 10 de junho de 1994, foi  reafirmado o   compromisso com a Educação para todos, reconhecendo a necessidade e urgência do provimento de educação para as crianças, jovens e adultos com necessidades educacionais especiais dentro do sistema regular de ensino e ainda reendossando a estrutura de ação em educação especial, sobre os princípios, políticas e práticas na área das Necessidades Educativas Especiais. Várias declarações que culminaram no documento das Nações Unidas "Regras Padrões sobre Equalização de oportunidades para pessoas com deficiências", o qual demanda que os Estados assegurem que a educação de pessoas com deficiência seja parte integrante do sistema educacional de ensino regular.
 Dentro desse contexto, a escola é a principal porta de entrada para a realização de um atendimento educacional especializado. Nela, o profissional do AEE procura antes de iniciar o atendimento com o aluno , o primeiro contato que vem das informações dadas pelo  professor da sala regular e que prioriza essa relação devido a proximidade com  o mesmo.
A relação dos profissionais da sala regular e da sala multifuncional, está interligada através do planejamento anual que é feito de acordo com PPP da escola. No momento em que é discutido o desenvolvimento curricular, é informando como será trabalhado, se é através temas, projetos ou da melhor forma a serem aplicados os conteúdos dentro da realidade daqueles que frequentam a comunidade local. Sabemos também que existem ainda escolas que não têm a implantação do PPP e as mesmas devem providenciá-lo através de reuniões que motivem o corpo docente a construí-lo.
O planejamento é feito para aplicar com todos os alunos do ensino regular independente que tenha ou não deficiência. É o norte, para aplicação das atividades diárias. O que vai diferenciar aos alunos com deficiência são as adequações que serão feitas pelo próprio professor com o apoio do profissional do AEE.
O professor deve ficar à vontade em relatar o que ele observa em seus alunos, as diferenças que apresentam  diante dos  comportamentos, das atitudes, das suas relações com o outro, das suas  estereotipias, seus hábitos estranhos, timidez, agitação, dificuldade ou não na área  motora, dificuldade de concentração, entre outros comportamentos que comprometem a interação e seu aprendizado.
A importância em ouvir o professor da sala regular é cada vez mais precisa.  Apenas ele tem acesso direto com seu aluno e isso trará respaldo em seus relatos no momento em que precisar apontar a necessidade da pessoa com deficiência. Mesmo que não tenha o conhecimento dos nomes específicos das tais dificuldades  apresentadas, é o professor da sala regular que vai ser o maior intermediário do ingresso e do progresso nos atendimentos feitos na sala de recurso multifuncional.



Aline Tavares Nogueira
Pedagoga, especialista em psicomotricidade
Professora do AEE em São José de Mipibu/RN