O ENSINO RELIGIOSO E A INCLUSÃO SOCIAL
Por: João Batista Targino
A relação direta do tema acima com a realidade da educação é um desafio dualístico. Primeiro porque a disciplina de Ensino Religioso tem muitos parâmetros para falar da inclusão. Mas também sofre a exclusão em algumas escolas, pois ainda é interpretada como "aula de religião" sem valor científico e humano.
O que é a inclusão se não uma discussão política coerente nos nossos círculos acadêmicos de licenciatura e bacharelado, seja em Pedagogia ou em Sociologia. Mas esses profissionais sofrem juntamente com os cientistas da religião e filósofos para poderem amenizar esse mal que existe na nossa sociedade através do egoísmo pecaminoso dos "apolíticos" e "politiqueiros" inseridos em nosso meio. Estão fardados de pessoas fascinantes com a educação. Porém, fazem do discurso inclusivo um "bode expiatório" para enriquecerem suas fazendas de preconceitos e discriminação.
Parece uma utopia ver uma coesa relação do ensino religioso com o problema supra suposto. No entanto, de acordo com a lei 9394/96 e a revisão do Artigo 33, o ensino anti prosilitista abre espaço para outras áreas de abrangência como Português, Artes, História, Geografia, Filosofia, Teologia, Música e matemática e acolhe a todas na discussão do fenômenno religioso para uma sociedade mais humana, justa e inclusiva. Para isso é preciso dar mais oportunidades para o seu papel no contexto escolar, incluí-la e deixá-la fluir no trabalho do diálogo e da irreverência pelo outro em todos os sentidos, não apenas no campo da fé e do sagrado, mas na promoção de um mundo mais livre.
Em linhas gerais, mais do que nunca o papel da disciplina é chamar o outro para a valoração do ser que educa com amor e abraça o humano como lugar sagrado, lugar que merece ressignificados espirituais históricos e sociais.
e-mail: filorn@hotmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário